Abrace a Equidade

#EmbraceEquity – Dia Internacional da Mulher

Luceli Mota – Consultora em DEI pela RM Consulting

Andréa Marques – Diretoria de Talent Acquisition na RM Consulting

A campanha do International Women´s Day de 2023 é a #EmbraceEquity e ela vem com um convite, mais que necessário e desejado, não só para todos os oitos de março, mas para o todo sempre… VAMOS ABRAÇAR A EQUIDADE!!!

Relembrando aqui, para os que já sabem e contando para os que estejam chegando agora, que a ONU (Organização das Nações Unidas) criou uma agenda de desenvolvimento sustentável com 17 objetivos a serem cumpridos globalmente até 2030, para que?

Para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade.

E o compromisso é que todas as empresas e Seres contribuam, participem e ajam para que até 2030 estes objetivos estejam acontecendo sustentavelmente, ou seja, progredindo a cada passo e em constante movimento.

Somos seres vivos, orgânicos e não estáticos, o que quero dizer com isso? Nada que se construa hoje será perpétuo. É necessário constante movimento, ajustes, reajustes, mudanças, construções e desconstruções para manter o sistema em movimento de progresso e prosperidade.

Para saber mais sobre os Objetivos da ONU para 2030, que já bate à porta, visite esta página: https://brasil.un.org/pt-br/sdgs

É preciso que todas as pessoas e organizações estejam alinhadas no desejo de fazer diferente para corrigir erros e aprimorar o processo de desenvolvimento de uma humanidade! O tempo voa e não há tempo a perder quando falamos de evolução. De nada adianta evoluirmos, freneticamente, em tecnologias diversas se não evoluímos empática e moralmente, no que diz respeito à diversidade humana e suas distintas necessidades evolutivas.

A partir disto eu te pergunto: Como está a sua atuação nesse processo e porque iniciei este artigo sobre o Dia Internacional das Mulheres lembrando dos objetivos da ONU e de nossa responsabilidade individual, também, neste tema?

1º Porque as organizações são feitas através de pessoas e só com consciência individual se constrói a consciência coletiva.

2º Porque faltam somente 7 anos – que sabemos passam em um piscar de olhos – para o cumprimento dos objetivos acima citados e que, no caso da Equidade de Gênero, exige uma paridade 50-50 de homens e mulheres nas empresas, incluindo cargos C-Level. E como estamos hoje, em termos de Brasil? Longe disso ainda. Evoluímos a passos de bebês em alguns segmentos e estamos anos luz de distância em outros.

Importante fazer um parêntese aqui para explicar que essa ODS 5 da ONU se fez necessária para reparar, ajustar e mudar o que a sociedade machista/patriarcal construiu e praticou até outro dia, o Século XX. Quando, em virtude das guerras, muitas mulheres e crianças tiveram que ir para o mercado de trabalho para subsistir. Porém, antes disso, e mesmo depois disso, as mulheres não tinham direito a nada, nem de escolher trabalhar ou não, de estudar ou não, de ter filhos ou não, de casar-se ou não, de gerir ou ter seus próprios bens. Elas tinham que obedecer aos homens, pais e maridos, e não tinham voz ativa, para nada. Em alguns países, ainda hoje, é AINDA assim!! No Brasil estamos há 50, 60 ou 70 anos processando esta mudança, em diferentes ritmos, dependendo do cenário.

Fechado o parêntese e compreendido o porquê de haver necessidade de ações massivas para que tanto mulheres quanto homens estejam em números de paridade em todos os lugares e, em especial, no mercado que gera a riqueza e subsistência de nossa civilização, os negócios, as empresas, as lideranças políticas e econômicas, voltemos para a compreensão de nosso cenário atual.

Para tanto, convido nossa Head de Talent Acquisition, Andréa Marques, ninguém melhor para nos falar sobre as estatísticas de posicionamento das mulheres nas organizações, nas políticas e em especial nos cargos C-level e conselhos no Brasil.

Andréa, nos conte como estamos, quais os maiores desafios encontrados nesta trajetória da Equidade de Gênero nas Empresas e o que é necessário que cada um e uma de nós faça para acelerar este processo…

Existem inúmeros desafios, desde a falta de equiparação salarial, passando pela dificuldade com o processo de “maternar”, chegando ao descrédito do seu preparo para posições de liderança, agravando-se exponencialmente no caso de mulheres negras.

Hoje no Brasil, segundo pesquisas mais recentes como as da McKinsey/International Business Report/FGV e Bain & Company, apenas:

3,5% CEOs no Brasil são mulheres e 0,4% são negras.

25% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres;

67% das empresas não têm mulheres diretoras;

A ambição feminina de crescer dentro das empresas é similar quando comparada à dos homens: 66% delas e 72% deles desejam chegar a líderes de negócios de nível sênior.

22% ainda é diferença salarial entre mulheres e homens na mesma função.

Essas questões me acompanham há muitos anos e sempre foi um mantra para mim, quando ao longo da minha trajetória profissional, olhava ao redor e via poucas executivas que me fizessem sentir representada. Sempre imaginei (com um pouco de utopia) como seria se as mulheres e sobretudo mulheres negras, em sua maioria, se vissem representadas na liderança e descobrissem que SIM, É POSSÍVEL!

Felizmente existem muitas iniciativas sendo criadas para que haja um ambiente organizacional mais representativo. Porém, grande parte delas focava apenas em resultados no longo prazo. Acredito que exista uma jornada para alcançarmos mais diversidade, em todos os níveis, nas empresas. Entretanto, com mais de 20 anos de experiência em recrutamento, sei que muitas mudanças ocorrem somente do topo da liderança para a base. Por isso, ao construir esse conteúdo, junto com a minha equipe, temos a intenção de provocar a reflexão das organizações sobre esta relação direta entre diversidade e representatividade, não só em posições de base, mas principalmente nas cadeiras de liderança.

Já é sabido, pelas inúmeras pesquisas realizadas globalmente, que a diversidade e inclusão melhoram, consideravelmente, os resultados tangíveis e intangíveis de uma empresa, tal fato nos comprova a OIT (Organização Internacional do trabalho) – agência especializada das nações unidas mostrando que:

Frente ao exposto nos despedimos com o convite à reflexão e ao seu protagonismo em aprofundar as discussões em sua empresa e seu meio social nesta temática, olhando, especificamente, para cadeiras de liderança representativas, seus desafios e benefícios e ao mesmo tempo em promover e buscar por benchmarkings sobre as melhores práticas já implementadas aqui no Brasil.

A RM Consulting é uma consultoria especializada em sustentabilidade do negócio, que trabalha com base nas práticas de ESG, atuando em todo o Brasil e pode lhe ajudar nesta trajetória!

Fonte:  https://www.internationalwomensday.com/Theme

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