Evoluímos, mas ainda temos muito a conquistar, por isto, ainda temos o dia, a semana e até o mês da mulher. Temos muito o que celebrar, mas, ainda mais, o que refletir e agir.
Celebremos:
》O direito de votar e sermos eleitas para cargos no executivo e legislativo. Vitória, essa, alcançada somente em 1932, o que também nos convida a refletir que: embora sejamos 52% dos eleitores, temos apenas 16% de representatividade no Congresso.
》Que temos uma constituição que proíbe diferença salarial entre gênero, mas na prática ainda ganhamos de 20% a 30% a menos que os homens na mesma função.
》Que temos licença maternidade de 120 a 180 dias para mães e 15 dias para pais que trabalham em empresa cidadã e, por esta diferença, muitas empresas optam por contratar mais homens por conta do menor tempo de licença.
》Que temos uma delegacia feminina para declararmos assédios moral e sexual, entretanto o feminicídio aumenta a cada dia.
》Poder, agora, decidir sobre nossos corpos e tamanho de família, já que a lei da laqueadura, sem que precisemos da autorização do parceiro, foi aprovada em março de 2023.
》Poder ser o que queremos ser, entretanto existem barreiras/vieses e estruturas que ainda impedem muitos dos acessos e ascensão.
Frente a tantas reflexões, celebrações e obstáculos a transpor, desejo que neste março de 2023 aumentemos ainda mais a sororidade feminina e que todos os movimentos iniciados anteriormente ganhem cada vez mais força, adesão e visibilidade, a fim de podermos fazer parte desta transformação, enquanto sociedade, país e mundo, que desejamos para todas as pessoas.
Um viva à todas as mulheres, brancas, negras, indígenas, trans, com deficiência, 50+, migrantes.
